Quem é Jesus Cristo?
Quem é Jesus Cristo? Diferentemente da pergunta “Deus existe?”, muito poucas pessoas perguntam se Jesus Cristo existiu ou não. Geralmente aceita-se que Jesus foi de facto um homem que andou na terra, em Israel, há quase 2000 anos. O debate começa quando se analisa o assunto da plena identidade de Jesus. Quase todas as grandes religiões ensinam que Jesus foi um profeta, um bom mestre ou um homem piedoso. O problema é que a Bíblia diz-nos que Jesus foi infinitamente mais do que um profeta, um bom mestre ou um homem piedoso.
C.S. Lewis, no seu livro Cristianismo Puro e Simples, escreve o seguinte: “Procuro aqui impedir que alguém diga a grande tolice que sempre dizem sobre Ele [Jesus Cristo]: ‘Estou pronto a aceitar Jesus como um grande mestre em moral, mas não aceito a sua afirmação de ser Deus.’ Essa é exatamente a única coisa que não devemos dizer. Um homem que foi simplesmente homem, dizendo o tipo de coisas que Jesus disse, não seria um grande mestre de moral. Poderia ser um lunático, do mesmo nível de alguém que afirma ser um ovo pochê, ou, pior ainda, poderia ser o próprio Demónio dos Infernos. Você decide. Ou este homem foi, e é, o Filho de Deus, ou então é um louco, ou coisa pior... Você pode achar que ele é insano, pode cuspir nele ou matá-lo como um demónio; ou pode cair a seus pés e chamar-Lhe Senhor e Deus. Mas vamos deixar-nos daquela tolice de que ele foi um grande mestre aqui na terra. Ele não nos deixou essa opção em aberto. Ele nunca teve essa intenção.”
Então, quem é que Jesus afirmou ser? Segundo a Bíblia, quem foi? Primeiramente, vamos examinar as palavras de Jesus em João 10:30: “Eu e o Pai somos um.” Num primeiro momento, pode não parecer uma afirmação sobre ser Deus. No entanto, veja a reação dos judeus perante a Sua afirmação: “Os judeus responderam, dizendo-lhe: Não te apedrejamos por alguma obra boa, mas pela blasfémia; porque, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo” (João 10:33). Os judeus compreenderam o que Jesus havia dito como uma afirmação sobre ser Deus.
Nos versículos seguintes, Jesus jamais corrige os judeus dizendo: “Não afirmei ser Deus”. Isto indica que Jesus realmente estava a dizer que era Deus, ao declarar: "Eu e o Pai somos um” (João 10:30). Outro exemplo é João 8:58, onde Jesus declarou: “Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abraão existisse, eu sou.” Mais uma vez, em resposta, os judeus pegaram em pedras para atirar a Jesus (João 8:59). Ao anunciar a Sua identidade como “Eu sou”, Jesus fez uma aplicação direta do nome de Deus no Velho Testamento (Êxodo 3:14). Por que razão os judeus, mais uma vez, se levantariam para apedrejar Jesus se Ele não tivesse dito algo que acreditavam ser uma blasfémia, ou seja, uma auto-afirmação de ser Deus?
João 1:1 diz que “o Verbo era Deus”. João 1:14 diz que “o Verbo se fez carne”. Isto mostra claramente que Jesus é Deus em carne. Tomé, o discípulo, declarou a Jesus: “Senhor meu, e Deus meu!” (João 20:28). Jesus não o corrigiu. O Apóstolo Paulo descreve-O como: “...grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo” (Tito 2:13). O Apóstolo Pedro diz o mesmo: “...nosso Deus e Salvador Jesus Cristo” (II Pedro 1:1). Deus o Pai também é testemunha da completa identidade de Jesus: “Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos; Cetro de equidade é o cetro do teu reino” (Hebreus 1:8). No Velho Testamento, as profecias a respeito de Cristo anunciam sua divindade: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Isaías 9:6).
Então, como argumentou C.S. Lewis, crer que Jesus foi um bom mestre não é opção. Jesus claramente e inegavelmente auto-afirmou-se como Deus. Se Ele não é Deus, então mente, e consequentemente não é também profeta, bom mestre ou homem piedoso. Tentando explicar as palavras de Jesus, “estudiosos” modernos afirmam que o “Jesus verdadeiramente histórico” não disse muitas das coisas que Lhe são atribuídas pela Bíblia. Quem somos nós para mergulharmos em discussões com a Palavra de Deus no tocante ao que Jesus disse ou não disse? Como pode um “estudioso” que está 2000 anos distante de Jesus ter melhor perceção do que Jesus disse ou não do que aqueles que viveram com o próprio Jesus, a quem serviram e com quem aprenderam (João 14:26)?
Por que se torna tão importante a questão da verdadeira identidade de Jesus? Por que importa se Jesus é ou não Deus? O motivo mais importante para que Jesus seja Deus é que, se Ele não é Deus, a Sua morte não teria sido suficiente para pagar a pena pelos pecados do mundo inteiro (I João 2:2). Somente Deus poderia pagar tamanho preço (Romanos 5:8; II Coríntios 5:21). Jesus tinha que ser Deus para poder pagar a nossa dívida. Jesus tinha de ser homem para que pudesse morrer. A Salvação está disponível somente através da fé em Jesus Cristo! A natureza divina de Jesus é o motivo pelo qual Ele é o único caminho para a salvação. A divindade de Jesus é razão de ter proclamado: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” (João 14:6).
Jesus realmente existiu? Há alguma evidência histórica de Jesus Cristo?
Normalmente, quando se faz esta pergunta, pretende-se que a resposta seja dada sem recorrer à Bíblia. Não apoiamos essa ideia de que a Bíblia não possa ser considerada uma fonte de provas para a existência de Jesus.
O Novo Testamento apresenta centenas de referências a respeito de Jesus Cristo. Há aqueles que datam a escrita dos Evangelhos no segundo século d.C., mais de 100 anos após a morte de Jesus. Mesmo que fosse este o caso (o que fortemente questionamos), em termos de provas antigas, escritos com menos de 200 anos depois dos acontecimentos são considerados provas muito confiáveis. Além disso, a vasta maioria dos estudiosos (cristãos ou não-cristãos) apoiam que as Epístolas de Paulo (pelo menos algumas delas) foram de facto escritas por Paulo no meio do primeiro século d.C., menos de 40 anos após a morte de Jesus. Em termos de manuscritos antigos que sirvam como provas, esta fonte é uma prova extraordinária da existência de um homem chamado Jesus em Israel no começo do primeiro século d.C.
Também é importante reconhecer que no ano 70 d.C. os Romanos invadiram e destruíram Jerusalém e a maior parte de Israel, chacinando os seus habitantes. Cidades inteiras foram literalmente incendiadas e desapareceram! Não deveríamos surpreender-nos, então, que muitas das provas da existência de Jesus tenham sido destruídas. Muitas das testemunhas oculares de Jesus teriam sido mortas. Estes factos provavelmente limitaram a quantidade de relatos vindos de testemunhas oculares de Jesus.
Apesar do facto de o ministério de Jesus ter estado muito confinado a um lugar culturalmente atrasado e isolado, uma pequena vila do grande Império Romano, existe uma grande e surpreendente quantidade de informações sobre Jesus que ainda podem ser extraídas de fontes históricas seculares. Algumas das mais importantes provas históricas de Jesus Cristo incluem: Tácito, romano do primeiro século, que é considerado um dos mais precisos historiadores do mundo antigo, mencionou “cristãos” supersticiosos (“nomeados a partir de Christus”, palavra latina para Cristo), que sofreram às mãos de Pôncio Pilatos durante o reinado de Tibério. Seutónio, secretário chefe do Imperador Adriano, escreveu que houve um homem chamado “Chrestus” (ou Cristo) que viveu durante o primeiro século (“Anais” XV,44).
Flávio Josefo é o mais famoso historiador judeu. No seu Antiguidades Judaicas, refere-se a Tiago, escrevendo: “o irmão de Jesus, que era chamado Cristo.” Há um verso polémico (XVIII,3) que diz: “Agora havia por volta deste tempo Jesus, homem sábio, se é que é lícito chamá-lo homem. Pois ele foi quem operou maravilhas... Ele era o Cristo... ele surgiu a eles novamente vivo no terceiro dia, como haviam dito os divinos profetas e dez mil outras coisas maravilhosas a seu respeito.” Uma versão diz: “Por esse tempo apareceu Jesus, um homem sábio, que praticou boas obras e cujas virtudes eram reconhecidas. Muitos judeus e pessoas de outras nações tornaram-se seus discípulos. Pilatos condenou-o a ser crucificado e morto. Porém, aqueles que se tornaram seus discípulos pregaram a sua doutrina. Eles afirmam que Jesus lhes apareceu três dias depois da sua crucificação e que está vivo. Talvez ele fosse o Messias previsto pelas maravilhosas predições dos profetas" (Josefo, "Antiguidades Judaicas" XVIII,3,2).
Júlio Africano cita o historiador Talo numa discussão sobre as trevas que sucederam à crucificação de Cristo (Escritos Existentes, 18).
Plínio, o Jovem, na Epístolas 10:96, registou práticas primitivas de adoração, incluindo o facto de os cristãos adorarem Jesus como Deus e serem muito éticos, e inclui uma referência ao banquete do amor e à Santa Ceia.
O Talmude da Babilónia (Sanhedrin 43 a) confirma a crucificação de Jesus na véspera da Páscoa, e as acusações contra Cristo de usar magia e encorajar a apostasia dos judeus.
Luciano de Samosata foi um escritor grego do segundo século que admite que Jesus foi adorado pelos cristãos, introduziu novos ensinamentos e foi em lugar deles crucificado. Ele disse que os ensinamentos de Jesus incluíam a fraternidade entre os crentes, a importância da conversão e a negação de outros deuses. Os Cristãos viviam de acordo com as leis de Jesus, criam que eram imortais, e caracterizavam-se por desdenhar da morte, pela devoção voluntária e pela renúncia a bens materiais.
Mara Bar-Serapião confirma que Jesus era conhecido como um homem sábio e virtuoso, considerado por muitos como rei de Israel, executado pelos judeus, e que continuou vivo nos ensinamentos dos seus seguidores.
E ainda temos os escritos Gnósticos (O Evangelho da Verdade, O Apócrifo de João, O Evangelho de Tomé, O Tratado da Ressurreição, etc.) todos mencionando Jesus.
De fato, podemos quase reconstruir o evangelho somente a partir de primitivas fontes não-cristãs: Jesus foi chamado Cristo (Josefo), praticou “magia”, conduziu Israel a novos ensinamentos, por eles foi pendurado na Páscoa (O Talmude da Babilónia) na Judeia (Tácito), mas afirmou ser Deus e que retornaria (Eliezar), no que os seus seguidores creram –adorando-O como Deus (Plínio, o Jovem).
Concluindo, há provas inegáveis da existência de Jesus Cristo, tanto na história secular quanto bíblica. Talvez a maior prova de que Jesus realmente existiu seja o facto de que literalmente milhares de cristãos no primeiro século d.C., incluindo os 12 apóstolos, se desprenderam de tudo a ponto de dar as suas vidas como mártires por Jesus Cristo. As pessoas são capazes de morrer pelo que creem ser verdade, mas ninguém morrerá pelo que sabe ser uma mentira.
Onde é que o Antigo Testamento prediz a vinda de Cristo?
Há várias profecias do Antigo Testamento sobre Jesus Cristo. Alguns intérpretes dizem que existem centenas de profecias messiânicas. Veja a seguir as que são consideradas as mais claras e mais importantes.
Quanto ao nascimento de Jesus:
- Isaías 7:14: "Portanto o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel."
- Isaías 9:6: "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo estará sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz."
- Miqueias 5:2: "Mas tu, Belém Efrata, posto que pequena para estar entre os milhares de Judá, de ti é que me sairá aquele que há de reinar em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade."
Quanto ao ministério e morte de Jesus:
- Zacarias 9:9: "Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que vem a ti o teu rei; ele é justo e traz a salvação; ele é humilde e vem montado sobre um jumento, sobre um jumentinho, filho de jumenta."
- Salmo 22:16-18: "Pois cães me rodeiam; um ajuntamento de malfeitores me cerca; transpassaram-me as mãos e os pés. Posso contar todos os meus ossos. Eles me olham e ficam a mirar-me. Repartem entre si as minhas vestes, e sobre a minha túnica lançam sortes."
A profecia sobre Jesus que provavelmente é a mais clara é o capítulo 53 do livro de Isaías:
- Isaías 53:3-7 (é especialmente inequívoco: "Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso. Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos. Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca."
A profecia das “setenta semanas” em Daniel capítulo 9 predisse a data exata em que Jesus, o Messias, seria “morto”. Isaías 50:6 descreve corretamente o espancamento que Jesus teria que aguentar. Zacarias 12:10 prediz que o Messias seria “traspassado”, o que ocorreu depois de Jesus ter morrido na cruz. Poderíamos apresentar muitos outros exemplos, mas esses devem ser suficientes. O Antigo Testamento certamente profetiza sobre a vinda de Jesus como o Messias.
É bíblica a divindade de Cristo?
Além das afirmações de Jesus a respeito de si mesmo, os Seus discípulos também reconheceram a divindade de Cristo. Eles afirmaram que Jesus tinha o direito de perdoar pecados – algo que somente Deus pode fazer, uma vez que é Deus quem se ofende com os pecados (Atos 5:31; Colossenses 3:13; compare com Salmos 130:4; Jeremias 31:34).
Em íntima relação com esta última afirmação, é declarado que Jesus é aquele que vai “julgar” os vivos e os mortos (II Timóteo 4:1). Tomé clamou a Jesus: “Senhor meu, e Deus meu!” (João 20:28). Paulo chama Jesus de “grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo” (Tito 2:13), e mostra que antes de vir em carne Jesus existia na “forma de Deus” (Filipenses 2:5-8).
O escritor aos Hebreus diz, a respeito de Jesus: “Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos” (Hebreus 1:8). João afirma que “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo [Jesus] era Deus.” (João 1:1). Nas escrituras, os exemplos que ensinam sobre a divindade de Cristo poderiam ser multiplicados (veja Apocalipse 1:17; 2:8; 22:13; I Coríntios 10:4; I Pedro 2:6–8; compare com Salmos 18:2; 95:1; I Pedro 5:4; Hebreus 13:20), mas apenas um desses exemplos seria suficiente para mostrar que a natureza divina de Cristo foi reconhecida pelos Seus seguidores.
Jesus também recebeu títulos que são atribuídos unicamente a Yahweh (o nome formal de Deus) no Velho Testamento. “Redentor”, título usado no Velho Testamento (Salmos 130:7; Oséias 13:14), também o é no Novo Testamento (Tito 2:13; Apocalipse 5:9). Jesus é chamado Emanuel (“Deus connosco” em Mateus 1). Em Zacarias 12:10, é Yahweh quem diz: “e olharão para mim, a quem traspassaram”. Mas o Novo Testamento aplica isto à crucificação de Jesus (João 19:37; Apocalipse 1:7). Se é Yahweh quem é traspassado e olhado, e Jesus foi aquele que foi traspassado e olhado, então Jesus é Yahweh.
Paulo interpreta Isaías 45:22-23, como sendo aplicado a Jesus, em Filipenses 2:10-11. Indo mais além, o nome de Jesus é usado lado a lado com Yahweh na saudação “Graça e paz da parte de Deus Pai e do nosso Senhor Jesus Cristo” (Gálatas 1:3; Efésios 1:2). Isso seria blasfémia se Cristo não fosse divino. O nome de Jesus aparece a par do de Yaweh no mandamento de Jesus para que se batize “em nome [singular] do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mateus 28:19; veja também II Coríntios 13:14). Em Apocalipse, João diz que toda a criação louvava a Cristo (o Cordeiro) – o que significa que Jesus não é parte da criação (5:13).
Ações que podem ser realizadas somente por Deus são creditadas a Jesus. Jesus não somente ressuscitou mortos ( João 5:21; 11:38-44), como perdoou pecados (Atos 5:31; 13:38). Ele criou e sustenta o universo (João 1:2; Colossenses 1:16-17)! Este argumento torna-se ainda mais convincente quando consideramos que Yahweh disse que Ele estava sozinho na criação (Isaías 44:24). Além disso, Cristo possui atributos que somente a divindade pode ter: eternidade (João 8:58), omnipresença (Mateus 18:20, 28:20), omnisciência (Mateus 16:21), onipotência (João 11:38-44).
Agora, uma coisa é afirmar ser Deus e procurar enganar alguém levando-o a crer que isso é verdade; e outra coisa bem diferente é provar que isso é mesmo verdade. Cristo ofereceu como prova de sua afirmação de divindade muitos milagres e incluindo mesmo a ressurreição de mortos. Alguns milagres de Jesus incluem transformar água em vinho (João 2:7), andar sobre as águas (Mateus 14:25), multiplicar objetos físicos (João 6:11), curar um cego (João 9:7), um paralítico (Marcos 2:3) e doentes vários (Mateus 9:35; Marcos 1:40-42), incluindo a ressurreição de mortos (João 11:43-44; Lucas 7:11-15; Marcos 5:35). Além de tudo isto, o próprio Cristo ressuscitou dentre os mortos. De forma bem diferente dos denominados deuses da mitologia pagã, que morrem e se levantam, nenhuma outra religião se baseia na ressurreição – e nenhuma outra afirmação tem tanta comprovação extra-escrituras.
De acordo com o Dr. Gary Habermas, há pelo menos 12 factos históricos que até mesmo especialistas não-cristãos admitem como verdadeiras:
- Jesus morreu por crucificação.
- Ele foi sepultado.
- A Sua morte causou nos discípulos desânimo e desesperança.
- A sepultura de Jesus foi achada (ou afirma-se que foi achada) vazia alguns dias depois.
- Os discípulos creram ter vivenciado as aparições de Jesus ressuscitado.
- Depois disto, os discípulos passaram de incrédulos a crentes corajosos.
- Esta mensagem foi o tema central das pregações da igreja primitiva.
- Esta mensagem foi pregada em Jerusalém.
- Como resultado desta pregação, a Igreja nasceu e cresceu.
- O dia da ressurreição, Domingo, substituiu o “Sabbath”, dia de repouso (Sábado) como dia principal de adoração.
- Tiago, um cético, converteu-se quando também creu ter visto Jesus ressuscitado.
- Paulo, inimigo do Cristianismo, converteu-se através de uma experiência que creu ser a aparição de Jesus ressuscitado.
Mesmo que alguém fizesse objeção a esta lista específica, apenas poucos destes itens são necessários para provar a ressurreição e estabelecer o evangelho: a morte, sepultamento, ressurreição e aparições de Jesus (I Coríntios 15:1-5). Embora possam ser criadas teorias para explicar um ou dois dos factos acima, apenas a ressurreição explica e dá conta de todos eles. Os críticos admitem que os discípulos afirmaram ter visto Jesus ressuscitado. Mentiras ou alucinações não podem transformar as pessoas como o fez a ressurreição. Primeiro, o que teriam lucrado com isto? O Cristianismo não era popular e certamente eles não ganharam nenhum dinheiro com isso. Segundo, mentirosos não dão bons mártires. Não há melhor explicação do que a ressurreição para o desprendimento dos discípulos em sofrer mortes horrendas pela sua fé. Sim, muitas pessoas morrem por mentiras que creem ser verdade, mas ninguém morre pelo que sabe não ser verdade.
Concluindo: Cristo alegou ser Yahweh, Ele era divino (não apenas “um deus”- mas o Deus Verdadeiro). Os Seus seguidores (Judeus que tinham pavor da idolatria) creram nEle e a Ele se referiram como tal. Cristo provou as suas afirmações de divindade através de milagres, incluindo a ressurreição, que mudaram o mundo. Nenhuma outra hipótese pode explicar estes fatos.
O que significa que Jesus é o ‘Cordeiro de Deus’?
Quando Jesus é chamado de Cordeiro de Deus em João 1:29 e João 1:36, é uma referência ao facto de Ele ser o sacrifício perfeito e definitivo pelo pecado. Para podermos compreender quem Cristo era e o que Ele fez, precisamos de começar pelo Velho Testamento, onde encontramos as profecias sobre a vinda de Cristo como “expiação do pecado” (Isaías 53:10). Na verdade, o sistema de sacrifícios estabelecido por Deus no Velho Testamento preparou o terreno para a vinda de Jesus Cristo – o perfeito sacrifício que Deus providenciou como expiação pelos pecados de Seu povo (Romanos 8:3; Hebreus 10).
O sacrifício de cordeiros desempenhou um papel muito importante na vida religiosa dos judeus e no seu sistema de sacrifícios. Quando João Batista se referiu a Jesus como o “Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo” (João 1:29), os judeus que o escutaram provavelmente pensaram imediatamente num dos vários sacrifícios importantes. Com a época da páscoa judaica a aproximar-se, o primeiro pensamento poderá ter sido o sacrifício do cordeiro da páscoa. A festa da páscoa era uma das mais importantes festas judaicas e uma celebração em memória de quando Deus livrou os israelitas da escravidão no Egito. Na verdade, o sacrifício do cordeiro da páscoa e o processo de marcar com sangue as ombreiras e as vergas da porta das casas para o anjo da morte passar pelas pessoas que estavam “cobertas pelo sangue” (Êxodo 12:11-13) é um belo retrato do trabalho expiatório de Cristo na cruz.
Um outro sacrifício importante que envolvia cordeiros era o sacrifício diário no Templo de Jerusalém. Cada manhã e cada noite, um cordeiro era sacrificado no Templo pelos pecados do povo (Êxodo 29:38-42). Esses sacrifícios diários, como todos os outros, tinham como propósito apenas direcionar as pessoas para o sacrifício perfeito de Cristo na cruz. Na verdade, a hora da morte de Jesus na cruz corresponde à hora do sacrifício noturno que estaria a ser realizado no Templo.
Os judeus daquele tempo também teriam conhecimento dos profetas do Velho Testamento, como Jeremias e Isaías, cujas profecias previram a vinda daquele que seria como “cordeiro levado ao matadouro” (Jeremias 11:19; Isaías 53:7) e cujo sofrimento e sacrifício providenciariam a redenção para Israel. Naturalmente, a pessoa que foi profetizada pelos profetas do Velho Testamento era Jesus Cristo, “o Cordeiro de Deus”.
Embora a ideia de um sistema de sacrifícios possa parecer-nos estranha nos dias de hoje, o conceito de pagamento ou restituição ainda é algo que podemos facilmente entender. Sabemos que o salário do pecado é a morte (Romanos 6:23) e que os nossos pecados nos separam de Deus. Também sabemos que a Bíblia ensina que somos todos pecadores e que nenhum de nós é justo diante de Deus (Romanos 3:23). Por causa do nosso pecado, estamos separados de Deus e permanecemos culpados diante dEle; portanto, só podemos ter esperança se Deus providenciar um caminho para a nossa reconciliação e foi isso o que Ele fez ao enviar o Seu Filho Jesus Cristo para morrer na cruz. Cristo morreu para fazer expiação pelo pecado e para pagar o castigo dos pecados daqueles que colocaram nEle a sua fé.
É através da Sua morte na cruz, como sacrifício perfeito de Deus pelo pecado, e graças à Sua ressurreição três dias depois que agora podemos ter vida eterna se acreditarmos nEle. O facto de o próprio Deus ter providenciado o sacrifício que expia (paga) pelo nosso pecado é parte da gloriosa boa notícia do Evangelho que é tão claramente descrita em 1 Pedro 1:18-21: “sabendo que não foi mediante coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados do vosso fútil procedimento que vossos pais vos legaram, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de Cristo, conhecido, com efeito, antes da fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de vós que, por meio dele, tendes fé em Deus, o qual o ressuscitou dentre os mortos e lhe deu glória, de sorte que a vossa fé e esperança estejam em Deus.”
Por que devo acreditar na ressurreição de Cristo?
É um facto bem estabelecido que Jesus foi executado publicamente na Judeia no primeiro século da nossa era, sob a autoridade de Pôncio Pilatos, por crucificação, por exigência do Sinédrio judeu. As narrativas históricas de não-Cristãos como Flávio Josefo, Cornélio Tácito, Luciano de Samósata, Maimónides e até mesmo do Sinédrio judeu atestam a veracidade das narrativas das testemunhas oculares Cristãs a respeito desses aspectos históricos tão importantes da morte de Jesus Cristo.
Quanto à Sua ressurreição, há várias linhas de evidência que fazem desse caso um facto irrefutável. Sir Lionel Luckhoo, um antigo prodígio jurisprudencial e estadista internacional (consta do Livro de Recordes Guinness, pela sua fama sem precedentes de 245 absolvições consecutivas em casos de defesa envolvendo assassinatos), sintetizou o entusiasmo e confiança dos Cristãos na solidez do caso da ressurreição quando escreveu: “Sou advogado de defesa há mais de 42 anos, trabalhando em muitas partes do mundo e mantenho a minha prática bastante ativa. Tenho tido a fortuna de alcançar muitos sucessos em julgamentos e posso afirmar, sem qualquer equívoco, que a evidência a favor da ressurreição de Cristo é tão impressionante que força a sua aceitação devido a provas que não deixam espaço para quaisquer dúvidas.”
A resposta da comunidade secular à mesma evidência tem sido praticamente indiferente, devido ao seu tão leal compromisso para com o naturalismo metodológico. Para os que não se encontram familiarizados com o termo, o naturalismo metodológico é o esforço humano de explicar tudo em termos de causas naturais e causas naturais apenas. Se um certo evento histórico desafiar qualquer explicação natural (ex: uma ressurreição milagrosa), os estudiosos seculares geralmente tratam o assunto com um ceticismo impressionante, independentemente de qualquer evidência, não importando quão favorável e convincente esta seja.
A nosso ver, um compromisso tão firme para com causas naturais, independentemente de qualquer evidência real, não é propício a uma investigação imparcial (e portanto adequada) dessa mesma evidência. Um cientista e historiador mais equilibrado disse: “Ser forçado a acreditar em apenas uma conclusão.... violaria a própria objetividade da ciência.”
Tendo dito isso, vamos agora examinar as várias linhas de evidência que favorecem a ressurreição.
A primeira linha de evidência para a ressurreição de Cristo
Para começar, temos o depoimento comprovadamente sincero de testemunhas oculares. Os apologistas Cristãos da antiguidade citaram centenas de testemunhas oculares, algumas das quais documentaram as suas próprias experiências. Muitas dessas testemunhas deliberadamente e resolutamente aguentaram torturas prolongadas e morte, ao invés de rejeitarem o seu depoimento. Esse fato comprova a sua sinceridade, excluindo qualquer intenção de engano da sua parte. De acordo com o registo histórico (o livro de Atos 4:1-17; as Cartas de Plínio a Trajano X, 96, etc.), a maioria dos Cristãos poderia dar um fim ao seu sofrimento só por renunciar à sua fé. Ao invés, parece ser o caso que a maioria optou por aguentar o sofrimento e proclamar a ressurreição de Cristo, até à morte.
Embora o martírio seja notável, não é necessariamente convincente. Não valida a crença da mesma forma que autentica aquele que nela acredita (por demonstrar a sua sinceridade de forma tangível). O que faz dos Cristãos da antiguidade mártires formidáveis é que estavam em posição de saber se o que estavam a declarar era verdade ou não. Ou eles viram Jesus Cristo, após a Sua morte, vivo e bem, ou não. Isso é extraordinário. Se tudo fosse uma mentira, por que motivo tantos continuariam a defendê-la dadas as circunstâncias? Por que iriam todos conscientemente apegar-se a uma mentira tão inútil perante perseguição, aprisionamento, tortura e morte?
Enquanto os sequestradores de 11 de setembro de 2001 sem dúvida acreditavam no que proclamavam (como evidenciado pela sua disposição de morrer pelo que acreditavam), eles não podiam saber (e não sabiam) se aquilo em que criam era verdade. Eles colocaram a sua fé em tradições que lhes foram passadas por muitas gerações. Ao contrário, os mártires Cristãos da antiguidade foram a primeira geração. Ou eles viram o que afirmavam ter visto, ou não.
Entre as testemunhas oculares mais conhecidas encontram-se os Apóstolos. Eles passaram coletivamente por uma mudança inegável depois das aparições do Cristo ressurreto. Imediatamente após a crucificação, esconderam-se receando pelas suas próprias vidas. Depois da ressurreição, eles foram às ruas, proclamando corajosamente a ressurreição, mesmo face a fortes perseguições. O que foi responsável pela sua mudança dramática e repentina? Com certeza não era lucro financeiro. Os Apóstolos renunciaram a tudo que tinham para pregar a ressurreição, incluindo às suas próprias vidas
A segunda linha de evidência para a ressurreição de Cristo
A segunda linha de evidência tem a ver com a conversão de certos céticos importantes, mais notavelmente Paulo e Tiago. Paulo, segundo a sua própria descrição, era um perseguidor violento da Igreja Cristã primitiva. Depois do que ele descreveu como um encontro com o Cristo ressurreto, Paulo passou por uma mudança drástica e imediata, de um perseguidor brutal da Igreja a um dos seus mais prolíficos e desprendidos defensores. Como muitos Cristãos primitivos, Paulo sofreu empobrecimento, perseguição, espancamentos, aprisionamento e execução por causa do seu firme compromisso quanto à ressurreição de Cristo.
Tiago era cético, apesar de não ter sido tão hostil quanto Paulo. Um encontro com o Cristo ressurreto transformou-o num crente inquestionável, um líder da Igreja em Jerusalém. Ainda temos o que os estudiosos geralmente aceitam como uma das suas primeiras cartas à igreja primitiva. Como Paulo, Tiago voluntariamente sofreu e morreu pelo seu testemunho, um facto que sustenta a sinceridade de sua crença (veja o Livro de Atos e o livro de Josefo intitulado A Antiguidade dos Judeus XX, ix, 1).
A terceira e quarta linhas de evidência para a ressurreição de Cristo
A terceira e quarta linhas de evidência tratam da atestação, por parte dos inimigos, do túmulo vazio e do facto de a fé na ressurreição se ter originado em Jerusalém. Jesus foi publicamente executado e sepultado em Jerusalém. Teria sido impossível que a fé na Sua ressurreição fosse estabelecida em Jerusalém enquanto o Seu corpo ainda estava no túmulo, pois o Sinédrio poderia facilmente desenterrar o Seu corpo, colocá-lo em exibição pública e, portanto, expor a farsa. Ao invés, o Sinédrio acusou os discípulos de terem roubado o corpo, aparentemente um esforço para explicar o seu desaparecimento (e consequentemente a sepultura vazia). Como podemos explicar o facto do túmulo vazio? Veja a seguir as três explicações mais comuns: Primeira, os discípulos roubaram o corpo. Se esse tivesse sido o caso, eles saberiam que a ressurreição era uma farsa. Não se teriam manifestado, portanto, tão dispostos a sofrer e morrer pela sua crença (veja a primeira linha de evidência sobre a declaração comprovadamente sincera das testemunhas oculares). Todas as supostas testemunhas oculares saberiam que não tinham realmente visto Cristo e que estavam, portanto, a mentir. Com tantos conspiradores, alguém com certeza teria confessado; se não para dar um fim ao seu próprio sofrimento, pelo menos para dar um fim ao sofrimento dos seus amigos e familiares. A primeira geração de Cristãos foi absolutamente brutalizada, principalmente depois do grande incêndio em Roma em 64 D.C. (um fogo que Nero supostamente ordenou para criar mais espaço para a expansão do seu palácio, mas do qual ele culpou os Cristãos em Roma, como uma tentativa de se justificar). Como o historiador romano Cornélio Tácito relatou no seu livro Os Anais de Roma Imperial (publicado apenas uma geração depois do incêndio): “Nero culpou e infligiu as torturas mais intensas a uma classe odiada pelas suas abominações, comummente conhecida como Cristãos. Christus, de quem o nome se originou, sofreu grande castigo durante o reino de Tibério às mãos de um dos seus procuradores, Pôncio Pilatos, e uma superstição maligna explodiu novamente não só na Judeia, a primeira fonte do mal, mas até em Roma, onde toda a espécie de coisas abomináveis e vergonhosas de todas as partes do mundo encontram o seu destino e se tornam populares. Assim sendo, foi feito o aprisionamento de todos que se reconheceram culpados; então, depois da confirmação, uma imensa multidão foi condenada, não tanto pelo crime de ter queimado a cidade, mas por ódio contra a humanidade. Divertimentos de todo o tipo foram adicionados às suas mortes. Cobertos com pele de animais, eles eram dilacerados por cães e morriam, ou eram pregados à cruz, ou eram condenados às chamas e queimados para servirem como iluminação noturna quando a luz do dia acabava.” (Anais, XV, 44).
Nero iluminava as suas festas no jardim com Cristãos sendo queimados vivos. Certamente qualquer pessoa teria confessado a verdade estando sob a ameaça de tão grande sofrimento. No entanto, o facto é que não temos nenhum registo de Cristãos primitivos renunciando à sua fé a fim de darem fim ao seu sofrimento. Pelo contrário, temos vários registos do aparecimento de centenas de testemunhas da ressurreição dispostas a sofrer e a morrer por essa causa.
Se os discípulos não roubaram o corpo, como podemos então explicar o túmulo vazio? Alguns sugerem que Cristo fingiu a Sua morte e depois escapou do túmulo. Isso é simplesmente absurdo. De acordo com o relato das testemunhas, Cristo foi espancado, torturado, lacerado e apunhalado. Ele sofreu ferimentos internos, grande perda de sangue, asfixia e uma lança rasgou-lhe o coração. Não há nenhum bom motivo para acreditar que Jesus Cristo (ou qualquer outro homem) pudesse ter sobrevivido a uma experiência como essa, fingir a Sua morte, permanecer no túmulo durante três dias e três noites sem atenção médica, sem comida ou água, ser ainda assim capaz de remover a grande pedra que selava o túmulo, escapar sem ser apanhado (e sem deixar um rasto de sangue), convencer, com boa saúde, centenas de testemunhas de que Ele tinha ressuscitado dos mortos e finalmente desaparecer sem deixar qualquer rasto. Essa é sem dúvida uma ideia ridícula.
A quinta linha de evidência para a ressurreição de Cristo
Finalmente, a quinta linha de evidência tem a ver com a peculiaridade do relato das testemunhas. Em todas as narrativas mais importantes da ressurreição, é dito que as mulheres foram as primeiras e principais testemunhas. Essa seria uma novidade estranha, já que nas culturas judaica e romana as mulheres eram terrivelmente desprezadas. O testemunho delas era considerado sem substância e dispensável. Levando esse facto em consideração, é muito improvável que qualquer criminoso de uma farsa na Judeia do primeiro século escolhesse mulheres como suas testemunhas principais. Considerando todos os discípulos masculinos que clamaram ter visto Jesus ressurreto, se estes estivessem a mentir e se a ressurreição fosse apenas um golpe, por que iriam eles escolher como testemunhas as mais desrespeitadas e suspeitas pessoas que podiam achar?
O Dr. William Lane Craig explica: “Quando se entende o papel da mulher na sociedade judaica do primeiro século, o que é realmente extraordinário é que a história da ressurreição retratou mulheres como as primeiras descobridoras do túmulo vazio. As mulheres estavam num nível muito baixo na escada social da Palestina do primeiro século. Há provérbios rabínicos antigos que dizem: ‘Que as palavras da Lei sejam queimadas antes de serem entregues às mulheres’ e ‘feliz é aquele cujos filhos são homens, mas desgraça daquele cujos filhos são mulheres’. O testemunho de mulheres era considerado tão sem valor que não podiam nem servir como testemunhas legais numa corte judicial judaica. Levando isso em consideração, é absolutamente impressionante que as principais testemunhas do túmulo vazio fossem essas mulheres! Qualquer registo lendário mais recente teria certamente retratado discípulos masculinos como os descobridores do túmulo – Pedro ou João, por exemplo. A melhor explicação para o facto de terem sido mulheres as primeiras testemunhas é a realidade de que – goste-se ou não – elas foram as descobridoras do túmulo vazio! Isso mostra que os autores dos Evangelhos registaram fielmente o que aconteceu, apesar de ser embaraçoso. Esta é uma evidência da historicidade dessa tradição...” (Dr. William Lane Craig, citado por Lee Strobel, The Case For Christ, Grand Rapids: Zondervan, 1998, p. 293).
Em resumo
Essas linhas de evidência, tais como a sinceridade demonstrável das testemunhas (e, no caso dos Apóstolos, uma mudança inexplicável e convincente), a conversão e sinceridade demonstrável de antagonistas importantes e céticos que se tornaram mártires, o facto do túmulo vazio, a confirmação feita pelo inimigo do túmulo vazio, o facto de que tudo ter acontecido em Jerusalém, onde a fé na ressurreição começou e floresceu, o testemunho das mulheres e o significado desse testemunho dado o contexto histórico; todos esses factos confirmam fortemente a historicidade da ressurreição. Gostaríamos de encorajar os nossos leitores a considerarem cuidadosamente essas evidências. O que lhe sugerem? Depois de nós mesmos termos ponderado sobre elas, resolutamente afirmamos a declaração de Sir Lionel: “A evidência a favor da ressurreição de Cristo é tão impressionante que força a sua aceitação, dadas as provas que não deixam espaço para quaisquer dúvidas.”